Também é chamado de Diagrama de Dispersão, Gráfico XY e de Gráfico de
Correlação, apresenta de forma gráfica a relação entre duas variáveis
numéricas, uma dependente e outra independente, dentro de um eixo cartesiano.
Essa ferramenta é utilizada para representar quantitativamente medidas
simultâneas entre dois pontos, entre duas variáveis. Normalmente, a relação vem
de uma variável independente e a outra de uma variável dependente da primeira,
ou seja, a variável independente indica normalmente a causa, origem do efeito
enquanto a dependente se relaciona com a consequência gerada.
Entre suas aplicações está a busca pela identificação de causas e efeitos
de problemas. No lugar de suposições, realiza uma validação listando hipóteses
de causas raiz com bases em fatos e dados. Por exemplo, na determinação de uma
causa e efeito, podemos discutir sobre o atraso no processo de entrega, surge o
como causa o “dia de chuva”, assim é possível fazer um diagrama de dispersão da
relação entre “dia de chuva” e números de atrasos de entrega.
No processo de validação, se dois efeitos ocorrem a partir de uma mesma
causa, vale verificar se existe alguma correlação entre elas.
Em sua representação gráfica básica, se propunha representar no eixo X as
causas dos problemas e no eixo Y seus efeitos. Dessa forma é possível inferir e
perceber correlações entre as variáveis, que podem ser de intensidade, direção
e de significância.
As correlações de direção são verificadas quando se observam
deslocamentos gráficos em um mesmo sentido, que podem ser positivas, negativas
ou nulas.
As correlações positivas se apresentam quando há aglomerações dos pontos indicando
uma tendencia crescente positiva, ou seja, conforme se registra o aumento de
uma variável a oura também cresce positivamente.
Correlação positiva
Enquanto na correlação negativa, os dados se apresentando concentração
que indica movimento decrescente, ou seja, conforme verificamos o aumento de
uma variável a outra diminui, enquanto um aumenta o outro diminui.
Correlação negativa
Contudo, há casos onde a correlação não consegue ser identificada, ou
seja, quando se apresenta uma grande dispersão entre os pontos, não sendo
possível identificar qualquer tipo de tendência entre as vaiáveis, o que
caracteriza uma correlação nula, o que também fica claro na representação
gráfica do gráfico.
Correlação nula
Relativamente ao aspecto da dispersão entre os pontos, se podem inferir
sobre a intensidade da relação entre eles, se forte, com menor dispersão entre
os pontos, ou se fraca, com maior dispersão. Quanto maior a dispersão
verificada, menores serão os graus de correlação entre os dados
Exemplos de diagramas com forte intensidade e com fraca intensidade de dispersão
A montagem do gráfico pode ser feita usando o Excel, bastando apenas
produzir uma tabela indicando a variável independente (X) e a variável
dependente (Y), sabendo que a relação se dará pela função:
Onde
y |
Indica a variável dependente, o efeito |
x |
Indica a variável independente ou causa |
Basta montar a tabela indicando as duas variáveis, como no exemplo
abaixo, e inserir o gráfico de dispersão
Exemplo de tabela com duas variáveis
Contudo, antes de inserir o gráfico é importante selecionar primeiramente
a coluna da viável independente X e só depois da varável independente Y, o
Excel entende a ordem de seleção para montagem correta do gráfico
Gráfico de dispersão
Adicionando uma linha de tendência é possível ainda inserir a equação do
gráfico e o valor de R²:
Gráfico de dispersão com linha de tendência, equação e R²
As equações apresentadas nos gráficos revelam aspectos significativos,
como a inclinação gráfica de tendência das ocorrências, e probabilidade de
resultados futuros em função do ocorrido, além da relação do R² nos dá a
convergência dos dados e permite verificar o grau de interação entre os pontos
levantados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário