Aqui é importante diferenciar duas abordagens: a engenharia de análise de
valor e a análise de valor. Enquanto a primeira, engenharia, se preocupa em
reduzir custos desnecessários à produção, eliminando custos, a análise de valor
trata da redução dos c ustos após o início do processo, amos impactando
diretamente a relação com a qualidade.
A análise de valor trata de uma abordagem mais complexa, caracterizada
pela adoção de conceitos distintos envolvendo uma relação de trade-off
entre “excelência” e “valor”, como “qualidade x preço”.
A complexidade se dá, inclusive, por se tratar de uma técnica que pode
demandar a adoção de diversas outras técnicas durante sua aplicação, que pode
envolver um conjunto de fazes complexas, de verificação e acompanhamento
específico, particular.
A Análise
da Engenharia de Valor surgiu durante a II Guerra e desde então está
relacionado com a necessidade de identificação de insumos de menor custo, de
obtenção mais simples ou menos escassos, para a confecção de produtos sem que
haja uma perda na percepção da qualidade.
É um processo que busca o atingimento do valor ótimo de um produto ou
serviço, onde se consideram as alternativas disponíveis para tanto.
Identificando os custos envolvidos no processo de formação dos produtos, ou
serviços, e eliminando as perdas e desperdícios, mas sem comprometer os
aspectos que se refiram à identificação da qualidade ou do valor percebido
pelos clientes. Busca a otimização entre o custo envolvido no processo e o
valor percebido.
A Análise de Valor - AV envolve a melhoria do projeto ou do processo de
fabricação, montagem ou elaboração de produtos e serviços, buscando a redução
dos seus custos. Isso pode ser dar pelo redesenho dos processos, mas também
pela redução do número de componentes envolvidos assim como a substituição por
outros de menor custo com desempenho similar.
Nesse sentido, a procura pela otimização da relação “valor/custo”, também
considera questões de produtividade e de competitividade, e aponta que a
análise de valor seja realizada considerando um conjunto de fazes. Se
considerada a questão da Análise da Engenharia de Valor o processo pode chagar
a oito
fazes, encadeadas, complexas e complementares, que geram relatórios e
produzem reflexões necessárias ao desenvolvimento produtos e serviços com menor
custo, mas que atendam as expectativas de qualidade de clientes e mesmo de
consumidores. São elas:
1.
Preparação – a fase inicial pode
apresentar um grau de complexidade alto. Nessa etapa, é realizado o
levantamento dos problemas e são estabelecidas as metas de redução de custo
desejadas ou necessárias. Nesse levantamento, pode ser utilizada a metodologia
de Pareto na identificação das maiores questões. Na conclusão dessa faze,
costuma se elaborar um relatório envolvendo: o objeto de estudo; o objetivo
esperado na aplicação do EAV; a composição do grupo de trabalho e de cada
participante; e, o cronograma de atividades com os prazos a serem observados.
2.
Levantamento de Informações – são
identificados os fatos relativos ao problema a ser resolvido ou melhoria
possível. No processo de levantamento de informações, são checados os fatos
envolvidos e é melhor delineado o objetivo e a meta a ser alcançada, sempre
tendo claro e preservada a necessidade dos clientes. Também devem ficar claros
os aspectos físicos do design, como tamanho, peso, aparência, durabilidade,
entre outros. Considera o motivo da existência ou aplicação de cada item ou
elemento utilizado no processo. Como resultado, costuma se elaborar um relatório
onde são escritos: os componentes do projeto; funções básicas de cada
componente; custo de cada componente; dados dos componentes e relação de
pessoas que foram consultadas.
3.
Análise – a análise é dada pela relação
entre as funções e os custos, identificando em particular as concentrações onde
se dão os maiores gastos. Para tanto podem ser utilizadas algumas ferramentas
gerenciais, como o diagrama FAST, que promove uma identificação lógica das
funções a serem cumpridas pra o atingimento do propósito. na Análise de Custos
das Funções – ACF, que compara a importância de cada função atribuindo seu grau
de importância, e a Análise Numérica Funcional – ANF, que conclui sobre a
necessidade de adequação do custo em função de sua importância, estabelecendo resultados
entre “função com valor ótimo”, “função com valor adequado” e “função com valor
crítico”. A conclusão dessa etapa é marcada pelo relatório que apresenta as
atividades desenvolvidas, índice de valor e funções críticas.
4.
Criação – nessa etapa se geram atentivas
e se identificam as ideias que devem ser abandonadas, as ideias que geral
dúvidas e as ideias que devem ser continuadas. Se ressalta que as ideias que
devem ser continuadas, normalmente, são relativas a menor quantidade daquelas
que forma originalmente levantadas, já que no processo de criação, há o
descarte em função de questões relativas à funcionalidade da alternativa,
exequibilidade ou mesmo sobre a necessidade de investimento que pode exigir.
Como fruto, é confeccionado um relatório identificando as ideias aprovadas e
que serão utilizadas na elaboração de planos futuros.
5.
Síntese e Planejamento – é a fase
destinada à elaboração do plano de implementação, descrevendo as mudanças e
procedimentos de ajuste ou correção. É elaborado um relatório descrevendo o
plano.
6.
Recomendações – são apresentadas as
propostas, de forma clara, concisa e objetiva, identificando a gravidade da
questão, os ganhos envolvidos nas alterações propostas, os benefícios gerados.
Costuma se compara a situação atual e a situação futura. Ao final é colhida a
aprovação do projeto.
7.
Desenvolvimento – esta faze trata da
implementação do plano. No processo o planejamento e a execução devem ser
comparados e verificados para que ocorram de cordo. O relatório deve relacionar
aspectos de medição, controle, ocorrências e orientações de aperfeiçoamento.
8.
Apresentação – os resultados finais
obtidos são apresentados, ode se deve deixar claro problemas desvios para
servir de aprendizado e de considerações para projetos futuros.
Contudo a AV pode ser implementada de forma mais objetiva, com um
conjunto menor de etapas ou fazes. Ressaltando sua finalidade de identificar
alternativas que relacionarem aspectos de menor custo e melhor desempenho, a AV
pode ser tratada em um procedimento de três fazes: o estabelecimento de unções;
a avaliação da função por comparação; e, o desenvolvimento de alternativas para
o valor requerido, que podem ser assim entendidos:
Ressalto, questões que estão fortemente relacionadas a aspectos
ambientais, econômicos e sociais.
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