domingo, 16 de janeiro de 2022

Análise de valor

  

Aqui é importante diferenciar duas abordagens: a engenharia de análise de valor e a análise de valor. Enquanto a primeira, engenharia, se preocupa em reduzir custos desnecessários à produção, eliminando custos, a análise de valor trata da redução dos c ustos após o início do processo, amos impactando diretamente a relação com a qualidade.

A análise de valor trata de uma abordagem mais complexa, caracterizada pela adoção de conceitos distintos envolvendo uma relação de trade-off entre “excelência” e “valor”, como “qualidade x preço”.

A complexidade se dá, inclusive, por se tratar de uma técnica que pode demandar a adoção de diversas outras técnicas durante sua aplicação, que pode envolver um conjunto de fazes complexas, de verificação e acompanhamento específico, particular.

A Análise da Engenharia de Valor surgiu durante a II Guerra e desde então está relacionado com a necessidade de identificação de insumos de menor custo, de obtenção mais simples ou menos escassos, para a confecção de produtos sem que haja uma perda na percepção da qualidade.

É um processo que busca o atingimento do valor ótimo de um produto ou serviço, onde se consideram as alternativas disponíveis para tanto. Identificando os custos envolvidos no processo de formação dos produtos, ou serviços, e eliminando as perdas e desperdícios, mas sem comprometer os aspectos que se refiram à identificação da qualidade ou do valor percebido pelos clientes. Busca a otimização entre o custo envolvido no processo e o valor percebido.

A Análise de Valor - AV envolve a melhoria do projeto ou do processo de fabricação, montagem ou elaboração de produtos e serviços, buscando a redução dos seus custos. Isso pode ser dar pelo redesenho dos processos, mas também pela redução do número de componentes envolvidos assim como a substituição por outros de menor custo com desempenho similar.

Nesse sentido, a procura pela otimização da relação “valor/custo”, também considera questões de produtividade e de competitividade, e aponta que a análise de valor seja realizada considerando um conjunto de fazes. Se considerada a questão da Análise da Engenharia de Valor o processo pode chagar a oito fazes, encadeadas, complexas e complementares, que geram relatórios e produzem reflexões necessárias ao desenvolvimento produtos e serviços com menor custo, mas que atendam as expectativas de qualidade de clientes e mesmo de consumidores. São elas:

1.      Preparação – a fase inicial pode apresentar um grau de complexidade alto. Nessa etapa, é realizado o levantamento dos problemas e são estabelecidas as metas de redução de custo desejadas ou necessárias. Nesse levantamento, pode ser utilizada a metodologia de Pareto na identificação das maiores questões. Na conclusão dessa faze, costuma se elaborar um relatório envolvendo: o objeto de estudo; o objetivo esperado na aplicação do EAV; a composição do grupo de trabalho e de cada participante; e, o cronograma de atividades com os prazos a serem observados.

2.      Levantamento de Informações – são identificados os fatos relativos ao problema a ser resolvido ou melhoria possível. No processo de levantamento de informações, são checados os fatos envolvidos e é melhor delineado o objetivo e a meta a ser alcançada, sempre tendo claro e preservada a necessidade dos clientes. Também devem ficar claros os aspectos físicos do design, como tamanho, peso, aparência, durabilidade, entre outros. Considera o motivo da existência ou aplicação de cada item ou elemento utilizado no processo. Como resultado, costuma se elaborar um relatório onde são escritos: os componentes do projeto; funções básicas de cada componente; custo de cada componente; dados dos componentes e relação de pessoas que foram consultadas.

3.      Análise – a análise é dada pela relação entre as funções e os custos, identificando em particular as concentrações onde se dão os maiores gastos. Para tanto podem ser utilizadas algumas ferramentas gerenciais, como o diagrama FAST, que promove uma identificação lógica das funções a serem cumpridas pra o atingimento do propósito. na Análise de Custos das Funções – ACF, que compara a importância de cada função atribuindo seu grau de importância, e a Análise Numérica Funcional – ANF, que conclui sobre a necessidade de adequação do custo em função de sua importância, estabelecendo resultados entre “função com valor ótimo”, “função com valor adequado” e “função com valor crítico”. A conclusão dessa etapa é marcada pelo relatório que apresenta as atividades desenvolvidas, índice de valor e funções críticas.

4.      Criação – nessa etapa se geram atentivas e se identificam as ideias que devem ser abandonadas, as ideias que geral dúvidas e as ideias que devem ser continuadas. Se ressalta que as ideias que devem ser continuadas, normalmente, são relativas a menor quantidade daquelas que forma originalmente levantadas, já que no processo de criação, há o descarte em função de questões relativas à funcionalidade da alternativa, exequibilidade ou mesmo sobre a necessidade de investimento que pode exigir. Como fruto, é confeccionado um relatório identificando as ideias aprovadas e que serão utilizadas na elaboração de planos futuros.

5.      Síntese e Planejamento – é a fase destinada à elaboração do plano de implementação, descrevendo as mudanças e procedimentos de ajuste ou correção. É elaborado um relatório descrevendo o plano.

6.      Recomendações – são apresentadas as propostas, de forma clara, concisa e objetiva, identificando a gravidade da questão, os ganhos envolvidos nas alterações propostas, os benefícios gerados. Costuma se compara a situação atual e a situação futura. Ao final é colhida a aprovação do projeto.

7.      Desenvolvimento – esta faze trata da implementação do plano. No processo o planejamento e a execução devem ser comparados e verificados para que ocorram de cordo. O relatório deve relacionar aspectos de medição, controle, ocorrências e orientações de aperfeiçoamento.

8.      Apresentação – os resultados finais obtidos são apresentados, ode se deve deixar claro problemas desvios para servir de aprendizado e de considerações para projetos futuros.

Contudo a AV pode ser implementada de forma mais objetiva, com um conjunto menor de etapas ou fazes. Ressaltando sua finalidade de identificar alternativas que relacionarem aspectos de menor custo e melhor desempenho, a AV pode ser tratada em um procedimento de três fazes: o estabelecimento de unções; a avaliação da função por comparação; e, o desenvolvimento de alternativas para o valor requerido, que podem ser assim entendidos:

 


 Dessa forma, a AV responde a alguns questionamentos muito significativos e importantes de como elaborar produtos e serviços com menores custos mantendo a percepção da qualidade de forma elevada ou inalterada por parte dos clientes e consumidores.

Ressalto, questões que estão fortemente relacionadas a aspectos ambientais, econômicos e sociais.

 

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