sábado, 15 de janeiro de 2022

Padronização

  

Um processo com origem em processos fabris, industriais, a padronização remonta pensamentos clássicos muito bem representados e caracterizados na criação da linha de montagem industrial por Henry Fordo no início do século XX, que ficou caracterizado na escola científica da administração.

Como pode ser observado no processo industrial, a origem de muitos problemas pode estar relacionada à falta de padronização. Dessa maneira, ao estabelecer padrões, ou seja, ao estabelecer critérios e características similares que devem ser perseguidos preservados no processo de produção, se atinge um critério de qualidade.

O processo de padronização envolve a participação de pessoas e de recursos de transformação em busca da definição um padrão específico s ser perpetuado até que seja redefinido ou descontinuado. Dessa maneira se estabelece a forma como o trabalho deve ocorrer, suas características, condições e limites máximos e mínimos de aceitabilidade.

Com a padronização, é possível verificar se um produto ou mesmo serviço atendem aos requisitos especificados e esperados, sua conformidade.

Dessa maneira, é possível estabelecer processos de desenvolvimento de ajustes e alterações, inclusive de adaptação ou desenvolvimento, que serão eventualmente aplicados em momentos futuros, estabelecendo novos padrões de qualidade a serem rigorosamente replicados e acompanhados em novo procedimento de padronização.

A qualidade como padrão, obviamente, deve estar relacionada à percepção dos critérios demandados e esperados por consumidores e clientes, suprindo minimamente os requisitos e gerando algum distanciamento de eventuais concorrentes.

A implementação de um processo de padronização, deve considerar alguns aspectos:

1.      ase preparatória – colaboradores devem ser motivados e conscientizados para os benefícios e nece3ssidades do processo de padronização, ou seja, o que se deseja alcançar, como se deseja realizar, seus mecanismos de controle e de acompanhamento.

2.      Organização da padronização – nesse segundo passo, deve ocorrer o estabelecimento dos padrões. A padronização pode ser definida, implementada e orientada por um grupo ou comitê específico, que servirá de fonte orientadora e norteadora de implementação do processo.

3.      Implementação dos padrões – nesse ponto são planejados e implementados, de forma ordenada, os padrões. A forma de produzir, a forma de trabalhar ou proceder, passa a ser alterada em função dos padrões estabelecidos.

Durante todo o processo é importante salientar que os padrões devem considerar questões relativas aos usuários, clientes e consumidores.

Os padrões devem ser de simples implementação e de fácil percepção por parte dos colaboradores responsáveis pelo trabalho ou processo que irá ser realizado. Da mesma forma, os procedimentos de controle e de checagem devem ser fluidos, simples e permitir que apenas os produtos confeccionados dentro dos imites estabelecidos no padrão sejam colocados à disposição ou entregues aos clientes.

Logicamente, no processo de implementação dos padrões, haverá um natural ajuste, arrumação ou adaptação dos processos de produção. É importante que esse ajuste seja realizado de forma consistente e que permita o realinhamento ou adequação dos processos para que e possam atingir melhores níveis de eficiência e mesmo de ganho de escala, o que impacta diretamente os custos envolvidos e os resultados gerados.

Os principais padrões utilizados são:

·        Padrões de sistema: são padronizados processos, métodos e procedimentos internos das empresas com o objetivo de estabelecer uma normatização da forma como se devem “fazer as coisas”. Em muitos casos também se padronizam documentos e sistemas.

·        Padrões técnicos: são especificados características e aspectos de produtos, procedimentos e equipamentos, o que pode implicar na padronização de máquinas, equipamentos, seleção de fornecedores, ciclos de operação e manutenção. O objetivo e simplificar abordagens e recursos. Pode ser subdividido em:

o   Padrões de qualidade – especificando componentes e materiais;

o   Padrões de inspeção – formatando aspectos de controle; e,

o   Padrões de operação – delimitando e estabelecendo processos operacionais.

Ao estabelecer um padrão de sistemas, a forma de proceder, de trabalhar e de conduzir as atividades, principalmente em empresas de maior porte, com grandes números de funcionários passa a ser mais objetiva e até simplificada. Essa técnica também apresenta impacto positivo em organizações com jornadas de trabalho que envolvem turno diferenciados, aproximando processos entre turnos desenvolvidos por profissionais ou colaboradores distantes ou com baixa interação.

O estabelecimento de padrões técnicos de qualidade simplifica as operações já que limitam ou reduzem os processos de controle, os insumos, matérias-primas, fornecedores e materiais envolvidos. Ao estabelecer padronização de uma máquina, por exemplo, os ciclos de operação, manutenção, as peças de substituição, de reparo e outros componentes se reduzem, a necessidade de busca de alternativas de fornecimento se reduz e o trabalho, além de padronizado, se tornam mais objetivos, simples e diretos.

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